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Tecnologia biométrica também significa conveniência no setor bancário

01/02/16 09:36:45
Igor Rocha*
 
Biometria. O que essa palavra te remete? Se a sua resposta foi segurança, você precisa saber que não é só isso. A tecnologia biométrica, também, é sinônimo de conveniência para o setor bancário e seus clientes. O motivo é simples: ela substitui a senha numérica e alfabética e adiciona segurança à transação, ao mesmo tempo que é mais conveniente ao usuário, porque dispensa a necessidade dele criar e lembrar uma combinação alfanumérica para acessar serviços e, ainda, o protege contra hackers ladrões de senhas.
 
Já à instituição financeira, é conveniente porque ela pode aumentar a quantidade de serviços oferecidos no caixa eletrônico e na internet, diminuindo, assim, os gastos operacionais com as agências físicas. Isso sem contar a redução de custos para o gerenciamento de senha. 
 
E por falar do mundo bancário fora das agências, os smartphones, que já são importantes meios de acesso para transações bancárias, estão acelerando a substituição das senhas pela biometria. Por meio da câmera e do microfone, permitem a captura das biometrias de face e de voz que, combinadas, oferecem um prático e acessível método de autenticação aos correntistas. 
 
Essa combinação, de face e voz, impede o uso de vozes gravadas, e é conhecida como liveness detection ou detecção de vida. Nos Estados Unidos já é amplamente utilizada e, em 2016, deve chegar ao sistema bancário brasileiro, que já está testando o recurso. 
 
Investir em biometria é uma tendência. O Brasil, hoje, é um dos países que mais utiliza a biometria no setor bancário. Entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), está na vanguarda do setor. Para se ter uma ideia, estima-se que mais de 80% dos correntistas dos grandes bancos possuem cadastro biométrico, seja da impressão digital ou da palma da mão - as mais utilizadas no País.
 
Segundo uma recente pesquisa da Febraban sobre Tecnologia Bancária de 2014, 60% dos caixas eletrônicos já estão aptos para atender os correntistas que optaram em utilizar a biometria. Em comparação ao ano anterior, o crescimento foi de 20%. Esse aumento é reflexo do quanto a tecnologia tem aderência dos bancos e clientes: apenas em 2014, foram, aproximadamente, 45 milhões de clientes, 50% a mais que em 2013.
 
Os números são expressivos, mas a biometria ainda pode fazer muito mais pelo sistema bancário. No Brasil, os smartphones são os principais instrumentos de inclusão digital, em particular entre a população de menor renda, que também possui baixo acesso ao sistema bancário. O uso da biometria ampliaria o acesso dessa parcela com total segurança. 
 
No futuro, acredito que será possível até mesmo abrir uma conta bancária usando o celular.
 
*Igor Rocha é diretor da Certibio, unidade de negócio da Certisign com foco exclusivo em validação de identidade por meio da biometria.
 

Segmento: Biometria